Relatório divulgado nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Estratégico de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep) estimou que o lucro líquido da Petrobras (BVMF:PETR4) no terceiro trimestre foi de 26,2 bilhões de reais. Os resultados esperados, definidos como “positivos”, devem-se ao crescimento da produção e das vendas de petróleo e derivados no período.

O Ineep também previu lucro líquido de 126,2 bilhões de reais e Ebitda ajustado de 63,7 bilhões de reais. A empresa divulga suas demonstrações financeiras do período após o fechamento dos mercados financeiros, na quinta-feira, 9.

As estimativas do Ineep para esses três indicadores ficam abaixo da média de cinco instituições financeiras calculada pela Prévias Broadcast (lucro de 31,1 bilhões de reais, EBITDA de 73 bilhões de reais e receita de 136,8 bilhões de reais).

O Ineep disse que apesar da produção estável e crescente, os resultados financeiros permaneceram abaixo dos de um ano atrás, já que o preço do barril de petróleo Brent e seus derivados caiu durante o mesmo período. Em comparação com o mesmo período de 2022, o preço médio do petróleo bruto Brent e dos seus derivados caiu em média 14,4% e 31,0%, respetivamente, no terceiro trimestre de 2023. O preço médio dos derivativos no mercado interno subiu para R$ 474,00 por barril, ante R$ 687,00 por barril. “Mesmo um aumento de 4,5% na produção e um aumento de 1,3% nas vendas de derivativos não compensarão a queda nos preços”, disse Mahatma dos Santos, pesquisador do Ineep. volume de vendas Segundo o Ineep, a receita total deverá ser de 126,2 bilhões de reais no terceiro trimestre, dos quais 74%, ou 93,8 bilhões de reais, virão das vendas no mercado interno, incluindo petróleo e derivados.

A receita das vendas de derivados deverá atingir 77,6 bilhões de reais entre junho e setembro, uma queda de 30,2% em relação ao ano anterior, disseram pesquisadores.

“A receita com derivados foi afetada pela significativa queda de 31,0% no preço médio dos derivados na comparação anual. A maior queda deverá ser nos preços do GLP (gás botijão), de aproximadamente 42,5%, seguido pelo diesel (34,3%) e pela gasolina. (12,2%)”, observou Santos.

Segundo ele, a administração decidiu aumentar a taxa de utilização do parque de refino.No terceiro trimestre, a taxa de utilização do parque de refino atingiu uma média de 96%, resultando em um aumento de 4,5% na produção de derivados e um aumento de 1,3% na a produção do parque de refinação. O volume de vendas das empresas estatais em todo o país é comparado com o terceiro trimestre do ano passado. “No entanto, este esforço operacional não foi suficiente para compensar a queda nos preços (derivados)”, disse ele.